quarta-feira, 6 de junho de 2007

Filipe Mendes

O bicho da música
Filipe Mendes é, sem quaisquer exageros, um dos melhores guitarristas do Mundo. No mercado dos “usados”, os seus discos antigos atingem valores astronómicos. Memórias do decano dos rockers em Portugal
Toca guitarra há tantos anos que já pode dizer-se que, para ele, a técnica deixou há muito de ser um problema. Extremamente tímido, arrancar-lhe as palavras da boca é um exercício de maiêutica que Sócrates não desdenharia. Num mundo cão como o é o dos artistas, sempre recusou fazer concessões ao mau gosto e ao comércio, o que talvez explique um esquecimento em que esteve prestes a cair. Com o êxito popular dos Ena Pá 2000, mostrou a muita gente que afinal ainda estava vivo. E a tocar melhor que nunca.
Perfil
Nome: Filipe Alberto d’Oliveira Mendes
Idade: 59 anos
1954 – Iniciação de aulas de piano;
1964 – Já como profissional, estreia-se na rádio e televisão. Actua no Festival YÉ-YÉ e no Teatro Monumental, em Lisboa;
1967 – Grava o primeiro disco, como guitarrista, vocalista e compositor, no grupo Chinchilas. Em 1971 o mesmo conjunto grava 4 discos e duas colectâneas em LP.
No mesmo ano, Filipe Mendes frequenta a Chicago School of Music num curso de aperfeiçoamento de guitarra eléctrica.
1968/1970 – Actua em cinco Casinos. Permanentemente no Casino Estoril e vários shows nos de Ofir, Póvoa de Varzim, Figueira da Foz e Alvor. Participa ainda no Festival Internacional Barbarela, em Palma de Maiorca.
1969 – Autor de uma experiência inédita, que consistiu na gravação de quatro instrumentos e quatro vozes, por si próprio.
1971 – Actua no Primeiro Festival Internacional de Vilar de Mouros. Dissolução dos Chinchilas. Participa em gravações com Denis Cintra, Tonicha, José Cid, Thilo Krassam e Paulo de Carvalho. Foi autor e intérprete do disco da cantora Elisa e no do Maestro Filipe de Brito.
1971/1973 – Efectua uma digressão mundial com os Heavy Band e com o Grupo de Teatro de Ruth Escobar integrando a peça Missa Leiga. Ao longo da digressão gravou três discos.
1974 – Com a chegada do 25 de Abril, continua a tocar nos Heavy Band e participa em vários espectáculos em Portugal.
1975 – Efectua uma digressão em Portugal com o então saxofonista Rãokyao.
1976 – Dá aulas em Filmhuis House, em Amsterdão, um convite que surge na sequência da sua experiência como professor ao longo dos últimos seis anos.
1977 – Ingressa no grupo Psico onde participa na gravação de um disco.
1978/1982 – Forma o grupo Roxigénio no qual grava três LPs e dois singles.
1982/1992 – Desloca-se ao Brasil, onde integra vários grupos, participa em várias gravações e digressões, mantendo uma vida cheia de compromissos, entre eles como professor.
1993/1994 – Regressa a Portugal reformulando o grupo Roxigénio e é docente da Escola de Jazz do Porto, realizando vários Workshops e Seminários.
1995 – Entrada para os mediáticos grupos Enapá 2000 e Irmãos Catita, onde é baptizado com o nome de Phil Mendrix.
1996 – Forma um Quinteto de originais com o saxofonista Mário Gramaço e ingressa no grupo mais antigo de Portugal ainda activo, Os Charruas.
2005 – Grava o seu primeiro disco de instrumentais a solo.
2006 – Forma a Phil Mendrix Band.
Foi ainda roadie de músicos como Charlie Mariano, Phillipe Catherine, Paco de Lucia, Joachim Kunn entre outros.
Afinador de pianos e detentor de um bar de música ao vivo no Brasil.

Um comentário:

Anônimo disse...

É sem dúvida um guitarrista fenomenal!